Meu amor... Meu tigre... Ah! Se te pego...
E me arranha com suas garras devoradoras.
Deixando marcas de eterno prazer...
Nossa que sensação de êxtase, de prazer, de poema e poesia... De você...
Vou adorar te arranhar quando te prender entre minhas pernas e ouvir teu
grunhido feroz e te enlaçar com meus braços e calar tua boca com meus beijos
molhados...
És um tigre faminto... Prestes a atacar sua presa...
Teu olhar observador, me ronda, e
minha boca sente o sabor da tua carne...
Haaa, que vontade de te devorar... E de ser devorada por você...
Contudo, a paciência e a inteligência te domina, me observando, me
espreitando para atacar na hora certa e não haver erros e me deixar cercada,
acuada, sem ter como escapar de suas
garras...
Sinto-me uma caça... Fingindo me esquivar, mas querendo ser devorada por
um tigre... Sentir suas presas em minha carne...
Vem em mim, pula em cima, me ataca com toda sua força, me come com toda
vontade, de quem desejou esta caça há dias, há semanas, há meses...
Ficarei dócil e me entregarei a você...
Quero estar em teus braços... E deixar tuas garras me envolverem...
Arranhando
meu corpo devagarzinho... Como garras de um tigre, me surpreenderem...
Enroscando
minhas coxas em teu colo... Roçando minha pélvis em tua virilha...
Lábios
colados, língua roçando pelo teu pescoço...
Murmúrios
baixinhos sussurrados em tua orelha... Loucos de excitação ficaríamos...
Rosnando baixinho em minha face... Chupando minha língua com sofreguidão...
Descendo
mais um pouco... Meu tigre... Encontrando meu segredo, me derretendo de
prazer...
Vira-me de
quatro, me possui como um animal no cio,
morrendo de tesão...
Bem,
enquanto meu tigre não vem a caça, eu fico na expectativa, me esquivando dos predadores...
Porque quero ser devorada, atacada por um único animal selvagem, com garras
afiadas e presas que saberá rasgar minha carne... Espero-te
tigre, porque sei que depois que me devorares, se tornará poesia em minha vida.
Marly
Oliveira 08-06-13